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Por Robson Bonin

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Brasil

Ministro do Meio Ambiente ‘esquece’ Amazônia na agenda da pasta

Com a mata tomada pelo garimpo ilegal, o ministro julga mais apropriado tratar de temas de reciclagem, gestão de resíduos sólidos, limpeza de praias...

Por Robson Bonin SEGUIR SEGUINDO 1 Maio 2022, 12h01

Concentração de inúmeros sítios de garimpo em Novo Progresso, no Pará — NOVO PROGRESSO- PA - Brasil - 05 de agosto de 2020: Concentração de inúmeros sítios de garimpo em Novo Progresso, fotografado de helicóptero da FAB que fazia operação de combate a garimpos ilegais no Pará. FOTO: Caio Guatelli. (Caio Guatelli/VEJA)

Para agradar a Jair Bolsonaro, o chefe do Meio Ambiente, Joaquim Leite, tem evitado incluir em sua agenda prioritária da pasta os temas relacionados à Amazônia.

Com a mata tomada pelo garimpo ilegal, como mostrou VEJA na semana passada, e pela praga do desmatamento, o ministro julga mais apropriado levantar bandeiras como a reciclagem de lixo, gestão de resíduos sólidos, limpeza de praias, coleta de lixo eletrônico…

Os temas são importantes, mas o ministro do Meio Ambiente, na visão até de auxiliares próximos na pasta, deveria estar empenhado na gestão da crise que toma conta da Amazônia.

Como chefe do Meio Ambiente, Leite tem o papel institucional de sempre levantar o debate sobre os graves problemas da Amazônia. Para não brigar com o chefe, porém, escolhe o silêncio.

“Um ministro do Meio Ambiente que não está todo dia na imprensa batendo nesse avanço do crime no território amazônico, não deveria nem estar sentado na cadeira”, diz um importante quadro do ministério.