Membros do PSB de SP criticam Tabata por fala contra federação com PT
PSB estadual diz que grupo foi destituído da Executiva e que não fala oficialmente pela legenda; deputada declarou que partido era unânime contra união

Filiados e ex-membros do diretório municipal do PSB de São Paulo repudiaram as falas da deputada Tabata Amaral (PSB-SP) contra a federação de seu partido com o PT. Em jantar com empresários nesta semana, a parlamentar defendeu que o movimento tornaria a sigla uma “sublegenda”, além de declarar que a ala paulista da sigla teria posição “unânime” contra a proposta.
“[Falar que há] posição unânime não expressa a realidade dos fatos, pois a deputada, que não tem prerrogativas estatutárias para falar em nome dos filiados ao PSB em São Paulo, erra ao atribuir algo ao partido que sequer conhece”, diz trecho do comunicado divulgado.
Atualização às 20h53 desta quinta-feira, 10/03
Em comunicado enviado ao Radar, o diretório estadual do PSB-SP afirma não reconhecer a nota assinada por ex-membros da Executiva Municipal. De acordo com o partido, corroborado por documentos registrados juntos à Justiça Eleitoral, o grupo que se manifestou foi destituído da direção municipal em fevereiro, sendo esta atualmente comandada por uma nova diretoria provisória, que será mantida até a próxima eleição interna, com data ainda a ser definida. “Renato de Andrade, atual presidente da Executiva Municipal, desconhece a nota e repudia tais atos que contrapõem o regimento interno do partido. O ato será apurado internamente”, diz o PSB estadual.
Nem mesmo caciques como o ex-governador Márcio França e o próprio presidente da Executiva nacional Carlos Siqueira se manifestaram publicamente contra a formação de uma federação — pelo contrário, mantiveram a posição de negociação e diálogo com o PT até a decisão final sobre o desembarque da aliança.