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Maia tenta refazer ponte com Bolsonaro para recuperar o poder perdido

Presidente da Câmara, alvo de ataques de bolsonaristas, esteve hoje com o presidente no Planalto

Por Evandro Éboli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 Maio 2020, 18h40 - Publicado em 14 Maio 2020, 18h40

Rodrigo Maia tem sido um dos alvos preferidos das manifestações antidemocráticas dos bolsonaristas. São várias as imagens de Bolsonaro saudando seus seguidores, vários deles empunhando os cartazes de “Fora Maia”.

Assim foi no ato do QG do Exército e mais recente em frente ao Palácio do Planalto.

Como a política é um dia atrás do outro, Maia esteve hoje no Palácio. Bolsonaro fez questão de recebê-lo no corredor do terceiro andar. Maia era ladeado pelo ministro Luiz Eduardo Ramos e assessores. Se cumprimentaram, rindo.

Em entrevista logo após o encontro, já na Câmara, Maia, em linhas gerais, disse que está sempre aberto ao diálogo com o governo, que já vinha mantendo contato com a equipe econômica.

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Mas o fato é que sua relação com o presidente era péssima.

Entrou em cena, então, o Centrão, que sempre ajudou Maia a se eleger presidente da Câmara. Esse grupo, fisiológico que é, está indo para dentro do governo, o que esvazia Maia como interlocutor do Planalto.

Na sessão de hoje, o líder do PDT, Wolney Queiroz (PE), durante sessão de votação, pediu a Maia que devolva ao Executivo a medida provisória que isenta agentes públicos de responsabilidade sobre ações que envolvam combate ao Covid-19. Na verdade, uma autoproteção a Bolsonaro, que está indo na contramão das orientações da OMS.

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“Essa é uma MP da impunidade, que dá liberdade para matar. É um escárnio, um deboche. Sugiro a Vossa Excelência que devolvesse”, disse Queiroz.

Maia se levantou e nada respondeu. Na coletiva, perguntado sobre o assunto, lembrou não ser dele essa prerrogativa – de devolver MP -, mas do presidente do Congresso, Davi Alcolumbre.

Mas não fez menção de apoio, o que o Executivo agradece.

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