Lula desmoraliza Polícia Federal com teoria sobre Sergio Moro
Presidente sugeriu que a mega operação deflagrada nesta semana para impedir um atentado contra o senador seria uma armação
Depois de muito investigar um plano de atentado arquitetado por integrantes de uma facção criminosa, a Polícia Federal deflagrou nesta semana uma operação para prender os criminosos que planejavam atacar Sergio Moro e outras autoridades do sistema prisional.
A ação da PF, amparada também no trabalho do MPF, resultou na descoberta de uma série de detalhes de um plano, já em execução, que previa o aluguel de propriedades que serviriam de cativeiro, além de gastos com criminosos que monitoravam a rotina das famílias dos alvos da facção.
Lula, no entanto, decidiu desmoralizar o trabalho da PF ao dizer há pouco o seguinte sobre a operação: “Eu não vou falar porque eu acho que é mais uma armação do Moro. Mas eu quero ser cauteloso e vou descobrir o que aconteceu. É visível que é uma armação do Moro”, disse Lula, rindo.
Se fosse algo armado, a PF de Andrei Rodrigues é que sobraria com a vergonha de cair num plano desse tipo, investindo tempo, dinheiro e efetivo para investigar uma farsa. Pior: teria prendido inocentes nesta semana. O ódio de Lula por Moro é tão grande que faz com que o petista atire contra o próprio governo. Um tiro no pé.
ATUALIZAÇÃO, 20h16 — O Radar recebeu uma manifestação de Luciano Leiro, o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal: “Nós confiamos plenamente no trabalho desenvolvido pelos delegados federais que atuam no caso. As investigações foram conduzidas com cautela, responsabilidade e amparo na lei, sendo obtido, certamente, forte arcabouço probatório no curso do inquérito policial. Vale lembrar que todo o trabalho da PF é acompanhado de perto pelo Ministério Público Federal e que as medidas relativas as prisões, sequestros e apreensões de bens são determinadas pelo juízo competente. Por isso, em momentos sensíveis como esse, é importante destacar a necessidade de autonomia funcional das instituições e a seriedade do processo persecutório penal”.