‘Lamento muito’, diz Temer sobre mudança que fragiliza Lei das Estatais
'Compreendo as razões personalíssimas que levaram o futuro governo a tomar essa decisão, mas lamento muito', diz o ex-presidente

Responsável por aprovar a Lei de Estatais, que dificultou o aparelhamento político de empresas públicas pilhadas durante os governos do PT, Michel Temer lamenta que uma das primeiras medidas do futuro governo Lula seja atropelar a norma para dar um emprego ao companheiro Aloizio Mercadante.
“Compreendo as razões personalíssimas que levaram o futuro governo a tomar essa decisão, mas lamento muito. A Lei das Estatais foi um grande avanço para o país, conquistado no meu governo, que permitiu a recuperação de estatais que estavam dando prejuízo”, diz Temer ao Radar.
Eleito com o apoio de alguns dos economistas mais respeitados do país, Lula decidiu instalar no BNDES um político e companheiro de partido. Para viabilizar a escolha – que faz lembrar o velho aparelhamento político de órgãos públicos que marcou gestões petistas pela corrupção –, o petista conseguiu o apoio do Congresso para atropelar a lei.
Na calada da noite, nesta terça, a Câmara aprovou a mudança na Lei de Estatais que derrubou a quarentena exigida para quem participou de campanhas políticas de 36 meses para 30 dias.