Brasil reafirma apoio aos direitos da Argentina na soberania das Malvinas
No dia em que a ocupação britânica fez 191 anos, Itamaraty pediu 'criação de ambiente de confiança que contribua para a retomada das negociações bilaterais'
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil publicou nesta quarta-feira um comunicado em que reitera o apoio aos direitos da Argentina na disputa com o Reino Unido pela soberania das Ilhas Malvinas.
“Na data que marca os 191 anos da ocupação britânica das Ilhas Malvinas, o Brasil reafirma seu apoio aos legítimos direitos da Argentina na disputa de soberania com o Reino Unido sobre as Ilhas Malvinas, Geórgias do Sul e Sandwich do Sul e os espaços marítimos circundantes. A posição do Brasil remonta a 1833, quando o embaixador brasileiro em Londres foi instruído a coadjuvar o protesto argentino junto ao governo britânico pela ocupação das Ilhas”, diz o comunicado do Itamaraty.
A 400 quilômetros do litoral argentino e a 13.000 quilômetros da costa britânica, o território é alvo de disputa antes mesmo de a Argentina se tornar independente da Espanha. A disputa armada mais recente se deu em 1982, quando o governo militar argentino declarou guerra contra a Inglaterra de Margaret Thatcher.
O presidente da Argentina, Javier Milei, chegou a se pronunciar sobre o assunto durante a campanha.
“Tivemos uma guerra que perdemos e temos de fazer todos os esforços para recuperar as Ilhas pelos canais diplomáticos. Óbvio que vou defender as Malvinas”, disse Milei, enquanto candidato à Presidência, em 13 de novembro.
Após a vitória do ultralibertário, o governo do Reino Unido saudou o novo presidente argentino, mas destacou que a soberania das Malvinas (chamada de Falklands pelos britânicos) é assunto resolvido.
Confira a nota do Itamaraty na íntegra:
Na data que marca os 191 anos da ocupação britânica das Ilhas Malvinas, o Brasil reafirma seu apoio aos legítimos direitos da Argentina na disputa de soberania com o Reino Unido sobre as Ilhas Malvinas, Geórgias do Sul e Sandwich do Sul e os espaços marítimos circundantes. A posição do Brasil remonta a 1833, quando o embaixador brasileiro em Londres foi instruído a coadjuvar o protesto argentino junto ao Governo britânico pela ocupação das Ilhas.
Em linha com a posição argentina, o Brasil favorece a criação de ambiente de confiança que contribua para a retomada das negociações bilaterais, conforme recomendam as resoluções das Nações Unidas, organização na qual a disputa é tratada, desde a década de 1960, como um tema de agenda de descolonização.
O compromisso brasileiro com o apoio aos direitos argentinos foi reafirmado, recentemente, na Declaração Conjunta por ocasião da visita oficial do Presidente da República à República Argentina, em janeiro de 2023, e no Plano de Ação para o relançamento da Aliança Estratégica Brasil-Argentina, aprovado em junho de 2023.
A posição brasileira inscreve-se também na visão da América do Sul como região de paz e cooperação, conforme reafirmado no Consenso de Brasília, aprovado por todos os países sul-americanos em maio de 2023, e na prioridade atribuída à manutenção do Atlântico Sul como zona de paz e cooperação.
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