Nove em cada dez itamaratecas adorariam Ideli Salvatti longe da OEA, onde ela arranjou um cargo técnico durante o governo Dilma Rousseff. Sim, mas o Itamaraty nada pode fazer em relação à petista. Sua permanência ou desligamento depende exclusivamente do secretário-geral, Luis Almagro.
Embora esteja num posto sobre o qual o governo jamais teve ingerência, obviamente Ideli jogava afinada com o Palácio do Planalto enquanto sua amiga estava na presidência. Hoje, a situação se inverteu. Ela não só prega que Michel Temer é golpista, como veio ao Brasil e se juntou aos correligionários ao longo do processo de impeachment.
O Itamaraty fez o que pôde: informalmente, já fez chegar à OEA que o Estado brasileiro não a autoriza a fazer qualquer movimento em nome do governo.