Investigação do caso das vinícolas do RS mira rede de trabalho degradante
‘Não é um negócio que se consegue fazer sozinho’, disse delegado sobre transporte de trabalhadores baianos à Serra Gaúcha
Após a operação contra o trabalho análogo à escravidão que resgatou mais de 200 trabalhadores da colheita de uva no Sul do país, apenas o baiano Pedro Oliveira Santana foi preso — e solto 10 horas depois.
A investigação da Polícia Federal indica que a coisa não vai parar por aí. A PF tenta descobrir qual o tamanho da rede que atuou junto com Santana e começou a pedir medidas cautelares na Justiça.
“Não é um negócio que se consegue fazer sozinho”, disse um dos investigadores. “Pode ser, que no meio da investigação, encontre a empresa atuando em outros locais porque isso não é um problema só daqui. Tem em todo o Brasil”, acrescentou.
Pela diligência que corre em paralelo na esfera trabalhista, dez CNPJs e nove CPFs já foram bloqueados. O MPT fechou acordo para pagamento de 8 milhões de reais em indenizações.