Indígenas denunciam na ONU avanço da violência contra povos no Brasil
A 49º sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU está prevista para iniciar nesta segunda; governo Bolsonaro está na mira dos indígenas

Na primeira sessão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas em 2022, lideranças indígenas e organizações indigenistas, entre elas o Conselho Indigenista Missionário, vão denunciar o aumento da violência contra os povos originários no Brasil, a constância dos discursos de ódio e a política anti-indígena adotada pelo governo federal.
A 49º sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU está prevista para iniciar nesta segunda. Com o objetivo de revisar os informes sobre diversas questões de direitos humanos, a sessão terá mais de 30 diálogos interativos com especialistas, grupos e mecanismos de direitos humanos. Devido à pandemia, a participação da sociedade civil se dará na modalidade híbrida.
O período ordinário de sessões começa com um segmento de alto nível, onde os representantes dos Estados-Partes irão falar perante o Conselho sobre os esforços dos seus governos para promover e proteger os direitos humanos. Pelo Brasil, está previsto que a ministra de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, faça esse pronunciamento.
A contribuição das lideranças indígenas e organizações indigenistas se dará nos espaços destinados aos “Diálogos Gerais”, que, como o nome já diz, são voltados à discussão de temas abrangentes, e nos “Diálogos Interativos”, direcionados ao tema da relatoria e com a presença dos respectivos relatores do órgão para aquele assunto. Estão previstas pelo menos sete incidências nesta sessão.