Holocausto não pode ser banalizado, diz Barroso
Presidente do STF disse que não iria comentar falas de Lula, mas ressaltou que o massacre nazista contra judeus foi mais grave que uma guerra

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, evitou comentar a fala recente de Lula em que comparou os ataques de Israel contra a Palestina ao Holocausto. No entanto, disse que o massacre nazista contra judeus “tem que ser tratado com muita cerimônia e não ser banalizado”.
Barroso disse que visitou o Museu do Holocausto e o campo de concentração de Auschwitz e disse que o episódio foi além de uma guerra.
“Não vou entrar no comentário do presidente, não é o meu papel, mas para quem viu e conhece as pessoas que eu conheço, viu as cenas e visitou o Museu do Holocausto. Eu fui a Auschwitz. É impossível você avaliar a barbárie que foi aquilo. Aquilo não foi guerra, aquilo foi uma desumanidade mais profunda que se possa imaginar”, afirmou em entrevista à Globo News nesta quarta-feira.
“O que está acontecendo no Oriente Médio é uma guerra, e aí eu acho que é possível ter uma visão… que o Hamas é terrorista, eu acho que ça va sans dire [não é preciso dizer], mas é possível ter uma visão duramente crítica da política do Netanyahu, se alguém quiser ter”, seguiu.