G20 terá recomendação de políticas econômicas voltadas a afrodescendentes
Pela primeira vez, o encontro fará um evento prévio que estimula grupos a apresentarem demandas diretamente às autoridades
Terá início na próxima quinta-feira, no Rio, a primeira Cúpula do G20 Social, evento criado pelo governo brasileiro com o objetivo de dar a oportunidade para que grupos sociais de todo o mundo gerem conteúdos e propostas consistentes que cheguem diretamente aos processos decisórios do G20, grupo das maiores economias do mundo.
Fruto de um seminário sobre o empoderamento econômico dos afrodescendentes, um documento será apresentado durante o evento. Assinado por diversas organizações, como o Geledés – Instituto da Mulher Negra, o Ipea, a Onu Mulheres Brasil, e alguns grupos de engajamento do G20, como o Civil 20 (C20), o Think 20 (T20) e o Women 20 (W20), o documento recomenda que instituições financeiras e bancos nacionais e multilaterais de desenvolvimento criem políticas de microcrédito para a parcela negra da população, além de incorporar indicadores de impacto social e racial nos critérios de financiamento.
As recomendações serão apresentadas durante o painel “Declaração Conjunta no G20 Social no Rio de Janeiro”, que terá participantes como Luciana Servo, presidente do Ipea, Henrique Frotas, representante do C20, Janaína Gama, do W20, Ana Carolina Querino, da ONU Mulheres Brasil, Carolina Almeida, do Geledés, Morgan Doyle, do BID, e Tereza Campello, do BNDES.