Radar

Por Robson Bonin

Notas exclusivas sobre política, negócios e entretenimento. Com Nicholas Shores e Pedro Pupulim. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Brasil

Filho de José Sarney vai conduzir o futuro da CBF; entenda

Vice-presidente mais antigo da entidade, Fernando José Sarney foi nomeado interventor pela Justiça para realizar a nova eleição da cúpula da confederação

Por Robson Bonin SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 15 Maio 2025, 19h01 - Publicado em 15 Maio 2025, 18h58

O empresário Fernando Sarney, filho mais velho do senador José Sarney, em Brasília (Dida Sampaio/AE/VEJA)

Na decisão de nove páginas em que afastou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, do comando da entidade, o desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro decidiu entregar o comando temporário da entidade ao empresário Fernando Sarney, filho do ex-presidente José Sarney e o vice-presidente mais antigo em atuação na entidade máxima do futebol brasileiro.

Foi essa condição, aliás, que levou o magistrado da Justiça fluminense a entregar a Sarney os poderes para renovar o comando da CBF. Pelo despacho de Zefiro, Fernando Sarney terá como missão imediata convocar a nova eleição para os cargos da cúpula da entidade.

“Que o vice-presidente da CBF, Fernando José Sarney, realize a eleição para os cargos diretivos da CBF, na qualidade de interventor, o mais rápido possível, obedecendo-se os prazos estatutários, ficando a seu cargo, até a posse da diretoria eleita, os poderes inerentes à administração da instituição, dispostos no art.7º do Estatuto da Entidade”, diz Zefiro na decisão.

“Depois de tento tempo, com idas e vindas, negociações, alinhamentos políticos e desalinhamentos políticos, admito que soa bastante lógico colocar a responsabilidade pela realização do pleito eleitoral da CBF nas mãos de um dos seus vice-presidentes, ainda mais sendo ele o mais antigo na instituição”, justificou o magistrado na decisão.

Como a decisão de Zefiro é individual, Ednaldo Rodrigues terá a chance de recorrer ao próprio TJRJ contra o afastamento e, em tese, também poderá acionar diretamente o STF, onde as questões relacionadas ao caso são tratadas pelo decano da Corte, Gilmar Mendes.