Filha de Rubens Paiva é mantida por Bolsonaro na Comissão de Mortos
Vera Paiva faz parte do grupo desde 2014, nomeada por Dilma Rousseff

A psicóloga Vera Paiva, filha do ex-deputado Rubens Paiva, foi mantida por Jair Bolsonaro na Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos. No grupo, ela representa a sociedade civil.
Vera foi nomeada para a comissão por Dilma Rousseff, em 2014. Ela avalia, junto com outros integrantes remanescentes, se permanece no grupo, repleto de militares agora.
Vera já cruzou o mesmo espaço com Bolsonaro. Foi em abril de 2014, na instalação de um busco de seu pai na Câmara dos Deputados. Então parlamentar, Bolsonaro passou pelo local do ato e fez provocações. Junto com assessores, ele vaiou.
Diante do gesto, ela reagiu:
“O Bolsonaro passar aqui e vaiar o busto de meu pai é um escândalo. Na democracia ele pode fazer isso, mas na ditadura íamos presos”, disse Vera à época.
Diva Santana, representante dos familiares na comissão, também foi mantida. Ela é irmã de Dinaelza, que atuou na Guerrilha do Araguaia e também desapareceu.
Rubens Paiva teve sua morte reconhecida pelo Estado e a Comissão da Verdade, em 2013, revelou que ele morreu nas instalações do Doi-Codi, no Rio.