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‘Falta discussão’, diz vereador de SP sobre privatização da Sabesp

O chefe da Câmara Municipal, Milton Leite, afirmou a empresários que cidade não vai abrir mão de participar do debate sobre desestatização

Por Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 19h47 - Publicado em 28 nov 2023, 17h33

O presidente da Câmara de Vereadores de São Paulo, Milton Leite, criticou pontos da privatização da Sabesp em evento com empresários. Ele disse ao público que “o governo (estadual) está vendendo a terra para um e a água para outro” e que “o setor empresarial vai ficar maluco com uma situação dessa”. 

O vereador foi interrompido pela organização do evento que convidou a plateia a um coffee break antes de seguir com a programação de palestras. O Sétimo Seminário de Líderes era transmitido pela TV Cultura, do governo do Estado, e celebrou nesta terça, os 200 anos de relações bilaterais entre Brasil e Argentina. 

“A gente está vendendo a Emae para uma empresa. E estamos vendendo a Sabesp, pelo menos pelo que consigo entender, para uma outra empresa. Veja o antagonismo que nós temos”, explicou Leite a jornalistas, após o pronunciamento aos empresários.

O vereador quer “assento permanente” e “decisão majoritária” à capital paulista na agência reguladora que controlará a possível concessão do saneamento. Ele revelou que visitou o prefeito Ricardo Nunes, no domingo, para levar seus pontos ao governador e à secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende.  

“Nós não estamos jogando água no chope deles, mas nós não vamos abrir mão dos direitos da cidade de São Paulo”. 

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Leite expõe diferenças nos cálculos de tarifa social e os cadastrados no CadÚnico, também questiona quem vai responder por crimes ambientais, que ele acusa a empresa pública de água e saneamento de cometer. 

“A Sabesp vem falhando quando permite que 22 bombas de esgoto joguem fezes na água que todos nós bebemos. Isso tá errado, precisa ser corrigido. Os interessados estão aparecendo, mas eles tem uma insegurança porque, no dia seguinte da privatização, tem esse crime ambiental que passa para um CPF”.

Leite afirmou ainda que o trâmite da desestatização é uma “decisão unilateral” da Assembleia Legislativa. O projeto de privatização foi pautado no plenário nesta terça-feira, mas recebeu emendas da oposição e retornou ao Congresso de Comissões. Deputados estaduais projetam votar a proposta na próxima semana. 

Questionado se ele considerava que o processo estava sendo mal conduzido pelo Palácio dos Bandeirantes, o chefe do Legislativo da capital paulista resumiu: “falta discussão”. 

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