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Exemplar original da Constituição não foi roubado por golpistas, diz STF

Destruição no Supremo atingiu um número ainda incerto de obras de arte

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 jan 2023, 22h40 - Publicado em 8 jan 2023, 22h31

Uma fonte do STF confirmou há pouco ao Radar que o exemplar da Constituição que aparece nas mãos de bolsonaristas, durante a invasão ao tribunal neste domingo, não é o texto original.

Trata-se de uma réplica que ficava exposta numa área de maior circulação no tribunal. O texto da Constituição está guardado no museu do Supremo — em segurança.

Os golpistas, além de destruírem o plenário e diferentes salas da Corte, também danificaram um número considerável de obras de arte. Eis o que diz o STF sobre esse acervo que foi, sim, destruído:

“O edifício-sede do Supremo, desenhado por Oscar Niemeyer para parecer flutuar junto à composição da Praça dos Três Poderes, por si só já é visto como uma escultura. Mas é em seu interior que a Suprema Corte tem um acervo reunido desde sua criação, em 1808, quando era denominada Casa da Suplicação do Brasil, até os dias atuais. Ao celebrar os 130 anos do Tribunal no período republicano, veja a seguir alguns destaques dessa coleção.

O acervo, além do conjunto arquitetônico modernista, é composto de obras de arte, presentes protocolares recebidos em visitas oficiais, mobiliário histórico, indumentárias, condecorações e vasto conjunto documental. Os itens são provenientes de doações de ministros, de seus familiares e de artistas, além de coleta institucional.

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Destacam-se exemplares fac-símiles e originais das Constituições Federais de 1824 a 1988, livros históricos de posse de ministros e as atas de inauguração e eventos relevantes do Tribunal. Há, ainda, itens provenientes do acervo pessoal de ministros do STF, como peças institucionais dos gabinetes e togas variadas.

O Salão Nobre é decorado com peças de mobiliário histórico do século XVIII, como poltronas em estilo Luis XVI, estofadas com tapeçaria de gobelino, e mesa em madeira com douração e tampo em mármore. Também integram o ambiente itens decorativos em porcelana, madeira e prata, recebidos em visitas de autoridades estrangeiras.
Alfredo Ceschiatti

O artista plástico Alfredo Ceschiatti é bastante presente no STF, com obras que ornamentam a frente do edifício-sede do STF. Pode-se observar a escultura A Justiça, de 1961 e o crucifixo em bronze sobre cruz de madeira, de 1978, feito em parceria com o artista plástico Werner. Essa peça fica em uma parede do Plenário revestida pelo mural em mármore com nichos triangulares, em baixo relevo, assinado pelo artista plástico Athos Bulcão, ao lado do Brasão da República e da Bandeira Nacional.

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Ainda no prédio principal, no chamado Hall dos Bustos, fica a escultura de cabeça em metal (1979), também intitulada A Justiça. A estrutura branca, como uma espécie de porta para o Plenário, tem a representação simbólica de que a entrada do Tribunal é selada pela cabeça da Justiça. Lá encontram-se também bustos em bronze de figuras da História do Brasil, como D. Pedro I, o Barão do Rio Branco, Joaquim Nabuco e Rui Barbosa, além da obra de arte “Os Bandeirantes de ontem e de hoje”, de Masanori Uragami (1971), executada em tinta acrílica.

No hall da Presidência do STF, há diversas obras em óleo sobre tela com o retrato de ministros do STF, assinadas por Armando Romanelli de Cerqueira, e outras de temas, técnicas e autorias diferentes, além da galeria de ministros do STF”.

“.

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