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Por Robson Bonin

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Política

Ex-ministro de Bolsonaro faz dobradinha com integrante da Esplanada de Lula

Bento Albuquerque, agora no setor privado, tem feito dobradinha com Alexandre Silveira em assuntos do Ministério de Minas e Energia no exterior

Por Nicholas Shores SEGUIR SEGUINDO 29 set 2025, 08h30 •

Revista Veja Matéria: Páginas Amarelas Personagem: Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia. Foto: Cristiano Mariz Data: 16/03/2021 Local: Brasília - DF — Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia — (Cristiano Mariz/VEJA)

Ex-ministro de Minas e Energia do governo Bolsonaro, o almirante Bento Albuquerque, agora no setor privado, tem feito dobradinha com Alexandre Silveira, que ocupa o cargo na Esplanada de Lula, em assuntos de interesse da pasta no exterior.

Como consultor da Diamante Energia, o militar participou, na semana passada, da Semana Atômica Mundial, em Moscou – o maior evento internacional de energia nuclear, que, nesta edição, comemorou os oitenta anos da Rosatom, a gigante estatal russa do setor.

Em um projeto de 60 milhões de reais, dos quais 35 milhões de reais vêm da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, a Diamante busca desenvolver microrreatores nucleares, que vão de 5 a 10 megawatts de potência.

Segundo Albuquerque, essa tecnologia, inspirada nos pequenos reatores nucleares (SMRs, na sigla em inglês) presentes em usinas flutuantes da Rosatom, seria uma “grande solução” para levar energia segura a áreas da região Norte isoladas do Sistema Interligado Nacional, que hoje dependem de termelétricas e geradores a diesel.

O ex-ministro faz tudo isso em “comunicação direta” com seu “amigo pessoal” Alexandre Silveira. O almirante disse que o deputado Julio Lopes (PP-RJ) – o único congressista brasileiro no evento em Moscou – tem conduzido a Frente Parlamentar Mista de Tecnologia e Atividades Nucleares “em perfeita harmonia com o Executivo”.

“Tive a oportunidade de vir (à Semana Atômica Mundial) no ano passado e, hoje, temos acompanhado o renascimento da energia nuclear como solução para a segurança energética do mundo, para a resiliência energética, tão importante quanto a segurança, e, também, para a descarbonização da nossa matriz energética”, disse Lopes.