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Ex-diretor da Abin diz que órgão alertou sobre ataques no 8 de janeiro

Informações foram repassadas ao Ministério da Justiça do governo Lula, mas o ex-diretor não soube dizer o que o órgão fez com os dados

Por Marcelo Ribeiro Atualizado em 27 Maio 2025, 12h01 - Publicado em 27 Maio 2025, 09h32

Ex-diretor da Abin, Saulo Moura da Cunha disse, em depoimento ao STF como testemunha de defesa de Anderson Torres, que a agência emitiu relatórios de inteligência sobre o fluxo de ônibus com bolsonaristas rumo a Brasília nos dias que antecederam os ataques de 8 de janeiro de 2023. Ele explicou detalhadamente toda a dinâmica de trabalho nos dias que antecederam a ação bolsonarista na Praça dos Três Poderes e como o órgão descobriu que havia “convocação para invasão e depredação de prédios públicos”.

“Do dia 6 para o dia 7 de janeiro de 2023, passamos a receber alertas da ANTT de que havia um aumento de fluxo em direção a Brasilia, o que indicava aumento de adesão ao ato. Pedi então que meu adjunto entrasse em contato com a área de inteligência do DF”, disse Cunha.

Depois de deixar o governo Bolsonaro, Torres foi nomeado chefe da Secretaria de Segurança do DF. No depoimento, Cunha disse que a agência não recebeu dados de inteligência sobre os acampamentos bolsonaristas que alimentaram o protesto no dia 8 de janeiro, mas que monitorava ela própria a situação.

“Preciso ressaltar que a Abin não recebeu nenhuma informação de outros orgãos sobre os acampamentos. Estávamos monitorando esses acampamentos. Fiz parte do grupo de inteligência no governo de transição. Como havia discursos extremistas e antidemocráticos, fizemos relatórios de inteligência que foram encaminhados ao GSI da época e ao governo de transição. Até a manhã do dia 8, estávamos na dúvida se manifestações serviriam para reforçar acampamentos. Às 9h da manhã, com a assembleia dos manifestantes, identificamos que eles iriam para a Esplanada às 13h. Imediatamente repassamos o alerta”, disse Cunha.

O ex-diretor da Abin disse ainda que a agência chegou a alertar com alguma antecedência para o crescimento do ato. Isso se deu depois do dia 6 de janeiro.

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“Até dia 6 não tínhamos capacidade de avaliar tamanho da manifestação. No final do dia 7, já tínhamos informações de que manifestação seria de médio para grande porte. No final do dia 6 para o dia 7, conseguimos identificar que havia convocação para invasão e depredação de prédios públicos”, disse Cunha.

“Nosso primeiro alerta do dia 8 foi de que a manifestação tinha ganhado porte e de que havia pelo menos 100 ônibus de manifestantes mobilizados, o que totaliza cerca de 5.000 pessoas”, seguiu.

O ex-diretor da Abin disse que era o Ministério da Justiça do governo Lula, então chefiado por Flávio Dino, quem tinha a missão de repassar os alertas de inteligência a demais órgãos, incluindo o Distrito Federal. Ele, no entanto, disse que não saberia dizer se o ministério fez esse repasse de informações.

“A Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça era quem fazia a interface com secretarias estaduais de Segurança Pública. Não posso afirmar se nossos alertas foram repassados ao órgão estadual pelo MJ”, disse.

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