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Ex-auxiliar diz no STF que Torres tentou se blindar em live de Bolsonaro

Antônio Lorenzo afirmou, em depoimento, ter ficado ‘bastante assustado’ com ordem do Planalto para então ministro falar sobre urnas eletrônicas

Por Nicholas Shores Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 Maio 2025, 09h27

Ex-auxiliar de Anderson Torres no governo Bolsonaro, Antônio Ramirez Lorenzo afirmou, no STF, que buscou blindar o então ministro Justiça e Segurança Pública da repercussão de uma live em julho de 2021, na qual o então presidente usou um relatório de peritos da Polícia Federal como pretexto para minar a confiança de eleitores nas urnas eletrônicas.

Chamado como testemunha de defesa de Torres na investigação do golpe, Lorenzo afirmou, em depoimento, ter ficado “bastante assustado” ao receber, à época, um telefonema do Palácio do Planalto avisando que Bolsonaro faria a transmissão ao vivo em suas redes sociais com a participação de seu ministro. 

Chefe de gabinete de Torres àquela altura, Lorenzo descreveu um plano com “três ações”: retirar a realização da live do edifício do Ministério da Justiça, que era o local apontado inicialmente pela Secom de Bolsonaro; “diminuir a exposição” do então ministro, por se tratar de um “assunto polêmico”; e buscar um conteúdo “essencialmente técnico” para orientar a fala de Torres na transmissão.

“A pauta era polêmica, não havia indícios nem sinais de problemas em votação eletrônica e a exposição do ministro nessa live nos preocupava bastante”, reforçou a testemunha.

Segundo o relato do ex-auxiliar, assessores do Ministério da Justiça lembraram que a Polícia Federal “participava de encontros em apoio ao TSE às vésperas de eleições, e nessas participações, produzia relatórios de avaliação das eleições”.

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“Pedi que fosse produzido junto à PF e me foi emitido um relatório de quatro ou cinco eleições anteriores, que tinha sido, inclusive, uma eleição municipal”, declarou Lorenzo. “Busquei dentro desses relatórios  algo que o ministro pudesse ler e se prendesse a opiniões técnicas, e não ataques a urnas eletrônicas.”

“Marquei alguns trechos com caneta e disse ao ministro: ‘nossa sugestão é que, quando o senhor participar e, se for chamado a falar, se atenha a essas partes iluminadas, porque são relatórios feitos por peritos da PF e, assim, o senhor se exime de opinião e não vai entrar em achismo’”, disse o ex-auxiliar de Torres.

Na live em julho de 2021, o então ministro leu em voz alta os trechos destacados por seu chefe de gabinete. Bolsonaro aproveitou o conteúdo para alegar que nem a Polícia Federal teria confiança no sistema de votação eletrônica.

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