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Ex-auxiliar de Haddad confirma relato sobre pedido de propina em CPI

O ex-assessor especial da Fazenda José Francisco Manssur prestou depoimento nesta terça na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 jul 2024, 17h54 - Publicado em 2 jul 2024, 19h46

Em setembro do ano passado, o editor Daniel Pereira revelou, em VEJA, que o ministro Fernando Haddad havia sido informado por um de seus então auxiliares na Fazenda da existência de uma trama nada edificante nos bastidores da CPI das Apostas Esportivas instalada na Câmara dos Deputados.

Naqueles dias, o então assessor especial da Fazenda, José Francisco Manssur, recebeu no ministério o presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias, Wesley Cardia. Durante a audiência, o representante da associação contou que foi abordado pelo deputado Felipe Carreras (PSB-PE), relator da CPI, que teria lhe pedido 35 milhões de reais em troca de ajuda e proteção.

Ouvido por VEJA, Carreras negou o pedido de propina relatado a Manssur: “É uma grande injustiça comigo.”

A associação de Cardia também registrou: “A associação comandada por Cardia também divulgou uma nota sobre o caso: “Esta questão nunca foi tratada no âmbito do Ministério da Fazenda. A ANJL reforça que é a favor da discussão clara, objetiva e republicana sobre toda e qualquer matéria em tramitação no Congresso ou em discussão no governo que trate da regulamentação das apostas esportivas”.

Nesta terça, uma outra CPI, dessa vez aberta no Senado, ouviu o ex-auxiliar de Haddad sobre a história. Coube ao senador Eduardo Girão questioná-lo sobre a reportagem de VEJA — assista ao vídeo. “O senhor foi procurado pelo presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias, Wesley Cardia, que lhe repassou a informação sobre a proposta de cobrança de propina por parte do Deputado Felipe Carreras, no valor de 35 milhões de reais, em troca de ajuda e proteção na CPI das apostas da Câmara?”

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Manssur confirmou a história. “Um dia, eu estava no meu gabinete e recebi uma mensagem do senhor Wesley Cardia dizendo que precisava falar comigo sobre um fato muito grave e com muita urgência (…) o senhor Wesley Cardia disse a mim que estava muito pressionado, sob o efeito de muita medicação, o que me sensibilizou: ‘Primeiro o senhor se acalme, o senhor não pode passar mal, a sua saúde em primeiro lugar’. E por que ele estava? Porque ele vinha sendo pressionado ao longo dos últimos dias, com pedidos de pagamento pela associação, e que, naquele dia específico, ele havia recebido uma pressão ainda maior pra pagar. A minha reação foi, primeiro lugar: ‘Não pague absolutamente nada a ninguém'”, disse Manssur.

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O ex-auxiliar também explicou como o fato chegou a Haddad: “Eu reportei ao chefe de gabinete do ministro. E, dias depois, o próprio chefe de gabinete do ministro me chamou na sala, e, quando eu entrei, ele já havia reportado ao ministro da Fazenda, que me parabenizou por ter determinado que não pagasse ninguém”.

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Manssur deixou claro que ouviu o relato do pedido de propina do representante da entidade e disse que o próprio deputado, alvo da denúncia, nunca havia conversado com ele sobre esse tema: “É importante que se diga: em nenhum momento – e eu tive reuniões com o deputado -, em nenhum momento ele disse nada a mim que soasse estranho, nem ele nem nenhum outro parlamentar. Foi relatado por este cidadão, o Wesley Cardia, que havia recebido esse tipo de coação por parte do deputado.”

A CPI do Senado vai agora ouvir Cardia sobre a história relatada por VEJA e confirmada pelo ex-auxiliar de Haddad.

 

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