Divisão na esquerda favorece Romário ao Senado no Rio
Pesquisa do Ipec divulgada nesta terça mostrou Alessandro Molon e André Ceciliano muito atrás do ex-jogador que terá apoio de Jair Bolsonaro

A disputa entre PT e PSB pelo Senado no Rio mostrou como será difícil a missão da esquerda de tentar conquistar a cadeira de Romário (PL) em outubro. O ex-jogador busca a reeleição apoiado por Jair Bolsonaro e surgiu na pesquisa Ipec divulgada na noite desta segunda com larga vantagem sobre os candidatos que darão palanque para Lula, no caso André Ceciliano (PT) e Alessandro Molon (PSB).
Como o Radar vem noticiando desde a pré-campanha, dois nomes se apresentaram como postulantes ao Senado na aliança PT-PSB no Rio, que terá Marcelo Freixo (PSB) como candidato ao governo do Estado. Ceciliano tem o apoio do PT local e Molon toca a sua candidatura de forma independente. A equipe de campanha de Freixo tem se desdobrado para ter agendas que contemplem os dois candidatos.
Segundo dados da pesquisa Ipec, Romário tem 27% das intenções de voto, contra 7% de Alessandro Molon e 4%, de Ceciliano. Entre Molon e Romário ainda tem o Cabo Daciolo (PDT), com 8%. Ainda figuram na pesquisa outros candidatos da direita que podem vir a embolar ainda mais a corrida, como Clarissa Garotinho (União Brasil) e Daniel Silveira (PTB), que pontaram, respectivamente, em 7% e 6%.
Molon disse que a pesquisa não reflete o que a sua campanha tem visto nas ruas e que apesar dos números acredita na vitória. “Essa pesquisa não reflete nem de perto o calor e o carinho que estamos sentindo nas ruas há algumas semanas, e destoa muito do registrado em outras pesquisas. Nossa candidatura ganhou um significado muito grande para o povo do Rio de Janeiro. Nós representamos a resistência e a esperança de derrotar o bolsonarismo no estado. E é com esta energia que iremos seguir em frente rumo à vitória”, disse Molon.