Destruído por bolsonarista, relógio do século 17 volta ao Planalto
Completamente restaurada na Suíça, a obra do francês Balthazar Martinot será exposta durante cerimônia no palácio

Feito de bronze antigo e casco de tartaruga, o relógio raro do século 17, destruído por um bolsonarista em 8 de janeiro de 2023, voltou ao Palácio do Planalto nesta terça.
Completamente restaurada na Suíça, a obra do francês Balthazar Martinot será exposta durante a cerimônia organizada, nesta quarta, para marcar os dois anos dos ataques golpistas contra o Congresso, o STF e o próprio Planalto.
A obra foi trazida por Dom João VI para o Brasil, em 1808. Ele foi jogado ao chão por um radical que usava a camisa do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Identificado pelas câmeras do palácio, Antônio Cláudio Alves Ferreira foi condenado pelo STF a 17 anos de prisão. No início de dezembro do ano passado, o ministro Alexandre de Moraes determinou que ele começasse a cumprir a pena no regime fechado.
O relógio de pêndulo foi um presente da monarquia francesa a Dom João. Martinot era o relojoeiro do rei francês Luís XIV. Existem apenas dois relógios do artista no mundo. O outro está exposto no Palácio de Versailles, na França.
