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Desconforto de relator e polêmicas adiam votação de PEC da blindagem

Supostas inconstitucionalidades do texto também geraram divergências entre líderes e contribuíram para o adiamento

Por Marcelo Ribeiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 ago 2025, 02h20 - Publicado em 27 ago 2025, 22h55

Após um dia todo dedicado a reuniões para tentar chegar a um parecer da proposta de emenda constitucional da blindagem com chances de ser aprovado, a Câmara adiou a análise da proposição que pretende proteger os parlamentares de ações judiciais.

O desconforto do relator Lafayette de Andrada com o texto e divergências entre partidos determinaram a decisão do presidente da Casa, Hugo Motta, de adiar a apreciação.

A iniciativa inviabiliza o andamento de investigações criminais contra deputados e senadores sem o aval do Legislativo e estabelece regras mais duras para a prisão de congressistas.

O desfecho configura mais um revés para Motta, que chegou a defender publicamente o avanço da PEC das prerrogativas parlamentares como uma prioridade do Congresso. Também é uma derrota para o Centrão e a oposição, que queriam a aprovação do texto. A base governista, por sua vez, encabeçava a resistência. O fazia, porém, de forma tímida, diante do temor de que uma obstrução muito forte pudesse prejudicar a tramitação da reforma do imposto de renda mais adiante.

Para tentar destravar a votação, Motta convocou os líderes partidários para uma reunião na residência oficial da presidência da Casa. O encontro foi marcado por tensão e muitos embates entre os presentes. Ao longo de quase três horas, duas possibilidades de texto foram debatidas, mas nenhum acordo foi alcançado.

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Em uma tentativa de convencer os líderes, Motta chegou a afirmar que o avanço da medida poderia destravar a análise de outras iniciativas, como a reforma do IR, uma prioridade do governo Lula. A ofensiva não foi suficiente para sensibilizar boa parte dos presentes.

A postura do chefe da Câmara reflete as cobranças que ele vem enfrentando para colocar em votação proposições que sejam acenos para os pares.

Segundo apurou o Radar, um grupo de parlamentares queria uma proposta mais robusta, que representaria um empoderamento excessivo do Legislativo em relação ao Judiciário. Advogado, o relator teria ficado desconfortável com a ambição dos colegas e sinalizou que não teria condições de defender um relatório tão amplo no plenário.

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Supostas inconstitucionalidades do conteúdo também geraram polêmica e contribuíram para o adiamento.

Um dos pontos críticos seria a definição de que deputados e senadores só poderiam ser condenados criminalmente caso houvesse voto favorável de dois terços do STF. Atualmente, a maioria simples já determina a condenação. 

Também enfrentou muita resistência a previsão de que a autorização prévia da Câmara ou do Senado para que uma prisão ou qualquer investigação contra parlamentares seja aberto ocorreria por voto secreto. Até mesmo o recebimento de denúncia pela Justiça dependeria do aval político. A ausência de transparência caso a votação secreta passasse a ser adotada incomodou alguns dos líderes. 

Outro ponto controverso foi a possibilidade de suspender inquéritos em andamento na Corte. Essa seria uma das condições do PL para apoiar amplamente a medida.

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Com o adiamento, Lafayette se comprometeu a buscar construir um parecer para ser apresentado novamente aos líderes na próxima semana, quando deve haver uma nova tentativa de apreciação da matéria.

As atenções estarão voltadas para o STF, com o início do julgamento de Jair Bolsonaro e outros réus da trama golpista, o que poderia, na avaliação de líderes, contribuir para uma aprovação mais célere.

Lideranças de partidos da base desconfiam que os interessados na PEC possam condicionar o seu apoio à reforma do IR a uma mudança de postura de aliados de Lula em relação ao texto relatado por Lafayette. Nada mais seria do que cruzar a tramitação das medidas – “um verdadeiro toma-lá-dá-cá”, classificou uma fonte governista.

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Um deputado experiente, porém, alertou para o fato de os interessados “terem perdido o bonde”, já que há a possibilidade de o tema repercutir negativamente nos próximos dias. A sangria inviabilizaria o avanço.

“Talvez tenham errado no timing e deveriam ter feito essa ofensiva só na semana que vem quando todos estariam de olho no STF. Agora, todos ficarão atentos no Congresso também. Se a imagem de blindagem excessiva e impunidade colar na PEC, a opinião pública vem pra cima e ficará muito difícil aprovar qualquer coisa neste sentido”, avaliou esse parlamentar.

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