Após a volta do recesso parlamentar de julho, os deputados estaduais de São Paulo querem que os cargos de terceiro escalão sejam redistribuídos. Parlamentares avaliam que não houve mudanças consideráveis em relação aos nomes indicados pelos governos tucanos, que comandaram o estado por quase três décadas. Passado um semestre da posse, o “período de transição” já teria se esgotado, dizem na Alesp.
As pressões se concentram, em especial, nas diretorias regionais de Saúde e Educação. Os órgãos são eficientes para acompanhar na ponta o funcionamento de serviços e políticas públicas e, é claro, retribuir os votos recebidos pelos deputados em seus respectivos currais eleitorais.
O governo de Tarcísio de Freitas ainda não testou sua influência na Assembleia Legislativa de São Paulo. Os projetos votados foram de interesse do Palácio dos Bandeirantes e não tiveram muitos pontos polêmicos a serem atacados. Mas, no próximo semestre, os ventos podem mudar.
A Alesp espera uma PEC que reduz o investimento obrigatório em educação de 30% para 25% — os outros 5% seriam uma cota flutuante entre ensino e saúde. Há também mudanças no funcionalismo público, com as promessas de envio de uma reforma administrativa e um plano de reajuste salarial. Os projetos — junto aos avanços da privatização da Sabesp — devem exigir jogo de cintura do governo.