Deputado quer CPI para investigar venda de reserva de urânio à China
Área, conhecida como Reserva do Pitinga, fica a 107 km de Manaus
O deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) pediu a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar, em até 120 dias, a negociação que resultou na compra, por parte da empresa estatal China Nonferrous Trade (CNT), de uma reserva de urânio localizada em Presidente Figueiredo (AM).
Devendo ser composta por 27 membros titulares e igual número de suplentes, a Comissão vai investigar a venda da empresa Mineração Taboca, que atua na exploração de estanho no Amazonas, por 340 milhões de dólares (cerca de 2 bilhões de reais), para a CNT.
Conhecida como Reserva do Pitinga, a área fica a 107 km de Manaus. De acordo com o deputado, a reserva produz anualmente 7.000 toneladas de estanho,1.500 toneladas de nióbio, e 500 toneladas de tântalo, totalizando um valor de 360 milhões de dólares.
Em seu requerimento, Alberto Neto levantou questões relacionadas à soberania e segurança nacional.
“Essa transação deixa o Brasil numa posição vulnerável, exposto politicamente e cada vez mais dependente de potências estrangeiras como a China. Isso prejudica a soberania nacional e proteção dos recursos. É imprescindível a criação de CPI sobre essa negociação, pois há questionamentos sobre os termos do negócio, especialmente em relação à supervisão do governo brasileiro e às salvaguardas aplicadas. A participação de uma empresa estrangeira levanta dúvidas sobre a legalidade e os mecanismos utilizados para viabilizar essa operação”, afirmou.