Depois de 19 anos, “crime do século” irá a julgamento em Ribeirão Preto
No dia 5 de abril de 1997, Marcelo Cury, filho de um usineiro de Ribeirão Preto, foi arrancado a socos de seu carro por três desconhecidos. Cercado na rua, atirou nos agressores. Dois morreram, um ficou ferido. Cury irá a júri nesta quinta-feira. A promotoria o acusa de duplo homicídio qualificado e uma tentativa de […]
No dia 5 de abril de 1997, Marcelo Cury, filho de um usineiro de Ribeirão Preto, foi arrancado a socos de seu carro por três desconhecidos. Cercado na rua, atirou nos agressores. Dois morreram, um ficou ferido.
Cury irá a júri nesta quinta-feira. A promotoria o acusa de duplo homicídio qualificado e uma tentativa de homicídio. O caso foi apelidado de “crime do século” na cidade.
Hoje, às 14:30, o perito criminal Ricardo Molina apresenta um laudo técnico com a reconstituição digital do episódio, indicando que Marcelo Cury agiu em legitima defesa, pois atirou apenas depois de ser atacado por três pessoas. A defesa, a cargo do criminalista Fábio Tofic, aposta numa reviravolta.
O caso de Ribeirão Preto vai a julgamento com dezenove anos de atraso. Quase duas décadas! A defesa apresentou vários recursos, mas o tempo adicionado por eles todos somados ao curso final do processo foi quatro meses. A promotoria gastou também não mais do que quatro meses para contradita-los. O resto do tempo se deveu à burocracia que contamina o Poder Judiciário.