Delatora da Lava-Jato, Nelma Kodama volta a ser presa pela PF
Doleira é investigada por suspeita de lavar dinheiro para um esquema internacional de tráfico de drogas

Alvo da Operação Descobrimento, deflagrada nesta terça para combater o tráfico internacional de drogas, a doleira Nelma Kodama, que virou delatora na Lava-Jato, foi presa por agentes da Polícia Federal num hotel de luxo em Portugal.
Os agentes cumprem mandados em cinco estados brasileiros — Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia, Pernambuco — e em Portugal. A PF suspeita que a doleira operava o esquema de lavagem de capitais para o tráfico das drogas.
As medidas judiciais — 43 mandados de busca e sete de prisão preventiva — foram expedidas pela 2ª Vara Federal de Salvador e pela justiça portuguesa. Além dos mandados, foram decretados o sequestro de imóveis e bloqueios de valores em contas bancárias usadas pelos investigados.
As investigações tiveram início em fevereiro de 2021, quando um jato executivo Dassault Falcon 900, pertencente a uma empresa portuguesa de táxi aéreo, pousou no aeroporto internacional de Salvador para abastecimento. Após ser inspecionado, foram encontrados cerca de 595 quilos de cocaína escondidos na fuselagem da aeronave.
No curso das investigações, a PF contou com a colaboração da DEA, a agência norte-americana de combate às drogas, da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária Portuguesa e do Ministério Público Federal.