Defesa de executivos da Vale comemora laudo espanhol sobre desastre
Universidade Politécnica da Catalunha concluiu que o desastre em Minas Gerais ocorreu por falha humana, mas não dos executivos da companhia

Escolhida pelo MPF para apurar as causas do rompimento da barragem de Brumadinho, a Universidade Politécnica da Catalunha concluiu que o desastre em Minas Gerais ocorreu por falha humana.
Um serviço de perfuração realizado por uma empresa terceirizada no dia do rompimento, que visava à instalação de aparelhos mais modernos de medição do nível de água (piezômetros multi-níveis) e à coleta de amostras da barragem, foi a causa da tragédia, segundo a perícia.
Segundo o laudo, o procedimento, que se valeu de uma tecnologia que utilizava água, foi o gatilho responsável pela liquefação e rompimento da estrutura, que ocorreu “sem quaisquer sinais aparentes de perigo antes da ruptura” e sem que houvesse “nenhum alerta no sistema de monitoramento”.
O laudo também afasta a ideia de que o rompimento teria sido causado por outros fatores, a exemplo do incidente ocorrido na instalação de um dreno, em junho de 2018.
Em outras, palavras, aos olhos da defesa da cúpula da Vale, o material espanhol esvaziou a denúncia do MPF ao descartar negligência dos executivos no caso.