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Por Robson Bonin
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‘Decrépito’ considerava delator ‘talentoso’ e ‘eficiente’
Na Câmara em 2012, Paes Landim não economizou elogios ao executivo Claudio Melo Filho, que hoje o acusa de ter recebido R$ 100 mil de caixa 2 em 2010
O departamento de criação de apelidos da Odebrecht não teve pena de Paes Landim, assim como Claudio Melo Filho, o diretor da empresa que o acusa de ter recebido R$ 100 mil pelo caixa 2 em 2010.
O “Decrépito”, como o deputado foi batizado nas planilhas da construtora, tinha enorme admiração por Melo Filho. Em 2012, ele usou o microfone da Câmara para reverenciar Claudio Melo, o pai do delator, que havia falecido recentemente.
Na ocasião, ‘Decrépito’ aproveitou para jorrar elogios sobre Melo Filho, o sujeito que acaba de atirá-lo do precipício.
“Cláudio Melo Filho, que é Diretor da Odebrecht, jovem e talentoso empresário, eficiente e dinâmico, um gentleman[…] rapaz trabalhador, engenheiro empreendedor, inovador, criativo e homem da absoluta confiança do Grupo Odebrecht, exatamente pela sua capacidade de trabalho”.
Hoje, ficou mais fácil calcular quanto custa a admiração de uma excelência.
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