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Crise do Plano Safra mostra como o fisiologismo político atrapalha o país

Barganhas de poder e incompetência de alguns políticos, que não cumprem a missão para a qual foram eleitos, prejudicaram o setor produtivo no campo

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 fev 2025, 16h54 - Publicado em 25 fev 2025, 13h30

O governo Lula poderia, no ano passado, ter mandado um Orçamento realista ao Congresso, com dados corretos sobre gastos previstos com programas sociais e outras ações do governo.

O Parlamento, da mesma forma, poderia, no ano passado, ter realizado o escrutínio do projeto orçamentário do governo e exigido as correções do Executivo para que o texto tivesse sido aprovado ainda no ano passado.

Focado apenas nos assuntos que alimentam o fisiologismo político em Brasília, o Parlamento decidiu engavetar o Orçamento para pressionar o Planalto a tentar convencer o ministro Flávio Dino, do STF, a encerrar a blitz sobre a falta de transparência no pagamento de emendas parlamentares.

Decididos a cobrar mais caro pelo apoio dado a Lula no Legislativo, parlamentares também não ligaram por deixar que o governo entrasse em 2025 sem Oçamento. Imaginavam que o tempo colocaria o governo ainda mais sob pressão, favorecendo a barganha por cargos e verbas.

O governo, sem rumo e sem projeto, não fez questão de atuar para acelerar a votação do Orçamento. Chefe da Fazenda, Fernando Haddad nem sequer procurou o relator da matéria, senador Angelo Coronel, para debater o assunto.

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O tempo passou, e a letargia política em Brasília foi estourar num dos setores mais poderosos e importantes da economia brasileira, o agronegócio. Sem Orçamento, os repasses ao Plano Safra, que financia a produção brasileira no campo, foram interrompidos temporariamente. O Planalto precisou correr para editar uma medida-tampão que resolvesse a questão.

Como ocorre em Brasília sempre que a política atrapalha a vida real dos brasileiros, o governo correu para culpar o Congresso pela demora na votação do Orçamento. Líderes partidários, da mesma forma, apontaram falhas de articulação da gestão petista para se esquivar da responsabilidade no caso.

Com o desgaste distribuído aos dois lados, o presidente da Comissão Mista de Orçamento, deputado Julio Arcoverde, marcou para o dia 11 de março a votação do relatório final do texto. A decisão, rápida, ocorreu logo após Haddad culpar o Parlamento pela confusão sobre o Plano Safra.

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“Lamentavelmente, o Congresso ainda não apreciou o Orçamento. E o ministro do Tribunal de Contas deixou claro que, efetivamente, sem essa solução que foi encontrada, não haveria possibilidade de execução do Plano Safra”, disse o ministro

Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Pedro Lupion, cobrado pelo setor que representa, correu para devolver as responsabilidade a Haddad: “O Congresso não votou ainda o Orçamento por uma total inabilidade política desse governo”, disse.

Argumentos postos de lado a lado, o fato é que foram os políticos que mais uma vez saíram perdendo, ao penalizar a sociedade com disputas fisiológicas em que só interesses pessoais são levados em conta.

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