CPMI do INSS rejeita pedido de prisão contra presidente do Sindnapi
Concordando com a decisão, defesa de Milton Cavalo apontou que prisão é uma medida 'extrema' que tem sido banalizada pela Comissão

Em votação nesta quinta-feira, os parlamentares que compõem a CPMI do INSS decidiram rejeitar o pedido de prisão preventiva contra Milton Baptista de Souza Filho, o Milton Cavalo, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi).
Ouvido pela Comissão na semana passada, Milton ficou em silêncio em decorrência de uma autorização expedida pelo ministro Flávio Dino, do STF. Na ocasião, o silêncio do chefe do Sindnapi incomodou parlamentares presentes.
Dados do Coaf mostram que a entidade – da qual José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula, é vice-presidente – movimentou 1,2 bilhão de reais desde janeiro de 2019, sendo 6,5 milhões de reais em dinheiro vivo.
Em nota, a defesa de Milton, composta pelos advogados Daniel Bialski e Bruno Borragine, apontou a decisão do colegiado como “correta” e destacou que tal “medida extrema” está sendo banalizada por parte da Comissão.
“A Defesa de Milton Baptista Filho vê como correta a decisão colegiada da CPMI do INSS em rejeitar o pedido de prisão preventiva direcionado a seu constituído. Isso porque, medidas extremas que limitam a liberdade de qualquer cidadão não podem ser tratadas como algo banal como, infelizmente, se viu por parte de alguns integrantes da comissão. A decretação de prisão preventiva exige o preenchimento de pressupostos e requisitos listados na lei processual penal, que não são substituídos pelo clamor político”, diz trecho do documento.