CPMI das Fake News mirará gabinete do ódio apontado por CPI da Pandemia
Comissão mista está parada desde março do ano passado; relatora diz que cruzamento de dados permitiu identificar rede bolsonarista de desinformação
Trechos do relatório da CPI da Pandemia que citam o funcionamento do gabinete do ódio e das redes bolsonaristas de desinformação serão utilizados também pela CPMI das Fake News, cujos trabalhos no Congresso estão suspensos desde março do ano passado em razão da crise sanitária.
A informação foi confirmada na tarde desta quarta pela relatora da comissão mista, a deputada Lídice da Mata (PSB-BA). Segundo ela, o grupo que ajudou a espalhar informações falsas sobre a pandemia só pôde ser identificado por meio do intercâmbio de informações entre as comissões e também com o inquérito das fake news que tramita no STF.
“Temos clareza que as informações e evidências contidas neste documento apresentado pela CPI da Covid servirão de apoio para o relatório com as conclusões do trabalho da CPMI das Fake News”, afirmou a relatora.
A CPI da Pandemia indicou 15 pessoas como integrantes ou colaboradores do gabinete do ódio, entre eles o próprio presidente Jair Bolsonaro.