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CPI das Apostas ouve John Textor, do Botafogo, sobre manipulação de jogos

Acionista majoritário da SAF do alvinegro carioca declara publicamente ter provas de que partidas da Série A em 2022 e 2023 foram manipuladas

Por Nicholas Shores Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 12h08 - Publicado em 22 abr 2024, 10h01

A CPI das Apostas Esportivas no Senado recebe nesta segunda-feira, às 15h, o acionista majoritário da SAF do Botafogo, John Textor. O empresário bilionário dos Estados Unidos fez várias declarações públicas afirmando ter provas de manipulação de resultados de jogos das séries A e B do Campeonato Brasileiro.

Será o primeiro depoimento na comissão de inquérito. No convite ao norte-americano, o relator da CPI, Romário (PL-RJ), escreve que, “como ator influente de nosso futebol e dirigente de importante clube do país, Textor tem o dever de expor o que sabe”.

O presidente do colegiado, Jorge Kajuru (PSB-GO), disse ao Radar que não dava crédito às alegações do acionista do Botafogo – até ser convencido pelo colega de CPI de que as acusações de Textor têm fundamento.

“O Romário me chamou à parte e falou: ‘Pode confiar no Textor que ele tem provas. Ele não tá brincando. Um cara como ele não quer ficar desmoralizado.’ Eu não estava confiando no Textor em nada. Para mim era tudo coisa de fanfarrão”, afirmou o senador goiano ao Radar.

Recentemente, Kajuru pediu ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, a abertura de uma investigação para apurar as alegações do dono de 90% das ações da SAF do Botafogo.

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Além de ter afirmado, há pouco mais de um mês, que havia obtido uma gravação em que um árbitro brasileiro combinava o pagamento de propina para influenciar o resultado de um jogo, Textor declarou também que as vitórias do Palmeiras sobre o Fortaleza (4 a 0), em 2022, e contra o São Paulo (5 a 0), em 2023, teriam sido manipuladas por vários jogadores dos times perdedores.

Kajuru é autor de convites para ouvir Leila Pereira e Julio Casares, presidentes do Palmeiras e do São Paulo, respectivamente. Os dirigentes dos clubes paulistas reagiram duramente às declarações do acionista botafoguense. “Fanfarrão” foi um dos termos mais amenos usados nas respostas. Leila defendeu publicamente que Textor seja banido do futebol brasileiro.

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