CPI cita ‘gripezinha’ e diz que Bolsonaro defende vacina um ano atrasado
Senadores divulgaram carta após pronunciamento de presidente na TV e rádio
Membros da CPI da Covid divulgaram nota criticando as declarações feitas por Jair Bolsonaro durante pronunciamento em rede nacional, na noite desta quarta.
No discurso, ele defendeu as medidas adotadas na pandemia e afirmou que ‘não obrigou ninguém a ficar em casa’ e listou medidas do governo.
A carta dos senadores apontou que a defesa do presidente às vacinas contra a Covid-19 foi feita com mais de um ano de atraso e criticou, ainda, as falas de Bolsonaro que trataram a doença como uma ‘gripezinha’.
“A fala deveria ser materializada na aceitação das vacinas do Butantan e da Pfizer no meio do ano passado, quando o governo deixou de comprar 130 milhões de doses, suficientes para metade da população brasileira”, manifestaram-se os parlamentares no documento.
“Optou-se por desqualificar vacinas, sabotar a ciência, estimular aglomerações, conspirar contra o isolamento e prescrever medicamentos ineficazes para a Covid-19.”
Os senadores concluem a carta dizendo que os trabalhos da CPI que investiga a condução da pandemia pelo governo federal, iniciados no final de abril e ainda em curso, são fruto da pressão da sociedade brasileira que ocupou as ruas contra o “obscurantismo”.