Comunidade científica se une contra barganha de Lula com o centrão
Risco de demissão de Luciana Santos do Ministério da Ciência e Tecnologia gerou protestos na reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência realizou nesta semana sua reunião anual no Teatro Guaíra, em Curitiba.
Diante das especulações sobre a possível entrega do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação aos partidos do centrão, o encontro transformou-se em ato de defesa da permanência da ministra Luciana Santos na pasta.
“Queremos um Ministério da Ciência à altura do nosso país, que atenda aos nossos propósitos fundamentais e não seja moeda de troca para conveniência de quem não ama a verdade nem a ética”, disse o presidente da sociedade, Renato Janine Ribeiro.
Durante as falas, a plateia levantava cartazes com a frase “MCTI não é moeda de troca”.
“Valorizamos o espaço do ministério como estratégico dentro do governo e que não pode, absolutamente, ser objeto de barganha de nenhum tipo”, disse o presidente da Andifes, Ricardo Marcelo Fonseca, que também é reitor da Universidade Federal do Paraná.
Presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos, Vinicius Soares defendeu a permanência da ministra: “Precisamos estar vigilantes para defender o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e para que ele continue a ser liderado por uma mulher negra, nordestina, que é símbolo da resistência do povo brasileiro.”