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Política

Como foi construída a nota de Alcolumbre sobre sanções dos EUA

Presidente do Senado e do Congresso reagiu a decreto de Trump classificando soberania brasileira como ‘inegociável’, mas reforçou defesa do diálogo

Por Nicholas Shores SEGUIR SEGUINDO 31 jul 2025, 17h40

Davi Alcolumbre comanda sessão do Congresso Nacional nesta terça-feira, 17 (Andressa Anholete/Agência Senado)

O presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), agiu sozinho a partir da autoridade do cargo e não consultou aliados ou lideranças para construir sua nota sobre a decisão de Donald Trump de impor sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Pelo contrário: foi o amapaense que definiu toda a linha retórica e o tom da reação escrita. Quis deixar clara a defesa da soberania nacional, do Poder Judiciário e do próprio Moraes, mesmo que não tenha citado nominalmente o relator das ações pelos ataques do 8 de Janeiro.

O governo de Trump nos Estados Unidos aponta as decisões do ministro do Supremo nos inquéritos sobre a tentativa de golpe de Estado, principalmente a investigação contra Jair Bolsonaro, como principal motivo para puni-lo com base na Lei Magnitsky.

Em que pese a defesa da soberania nacional, tratando-a como “inegociável” – em linha com a narrativa de Lula – , e a manifestação contra “interferências” externas no STF, Alcolumbre também buscou, mais uma vez, reforçar o apelo pelo diálogo entre Brasília e Washington.

Nesse ponto, lembrou que o Senado vem atuando, por meio da Comissão Temporária Externa, para aproximar autoridades de Brasil e EUA e buscar soluções equilibradas que preservem os interesses do Brasil.

“O caminho da cooperação internacional deve prevalecer, com o objetivo de restabelecer a confiança mútua e manter a histórica parceria entre as duas nações”, declarou Alcolumbre na nota.