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Como a Petrobras vai assombrar as campanhas de Bolsonaro e Lula

Estatal é um símbolo da incapacidade gerencial de Bolsonaro no Planalto, mas também é um símbolo da corrupção petista no Planalto

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 jun 2022, 06h12 - Publicado em 22 jun 2022, 06h01

Integrante da cúpula de campanha de Lula, o ex-ministro Aloizio Mercadante analisa a mais recente crise provocada pelo governo de Jair Bolsonaro na Petrobras, com uma nova rodada de troca de executivos em sua cúpula. As medidas, como o Radar vem mostrando há semanas, não atacam o problema principal que é a escalada dos preços dos combustíveis.

O que se vê é a velha estratégia de tentar blindar o governo das tragédias social e econômica que assolam o Brasil. Estamos chegando ao fim do governo e eles são responsáveis diretos por nomear o conselho e a diretoria da Petrobras, bem como por manter a política de paridade internacional de preços que começou logo depois do golpe e que eles nunca enfrentaram”, diz o petista.

Com um arsenal de medidas legais construídas ainda durante o governo de Michel Temer para evitar a interferência política nos negócios da estatal, a petroleira tornou-se uma das mais lucrativas do planeta, distribuindo bilhões de reais a seus acionistas, incluindo, claro, o governo, seu controlador.

O drama de Bolsonaro nesse momento é justamente esse. O governo arrecada muito, distribui riquezas a poucos e é incapaz de prover uma política social que garanta o básico a milhões de lares brasileiros, hoje assombrados pela fome. Esse contraste é péssimo para um candidato que tenta convencer o eleitor a votar novamente nele em outubro.

Petrobras que descobriu o pré-sal, que estava substituindo importações, que investiu em refino e na construção de fábricas de fertilizantes e que estava se preparando para se tornar uma grande exportadora de derivados foi esquartejada”, diz Mercadante. 

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O resultado é essa tragédia que aí está: uma empresa refém dos interesses de grandes importadores de derivados e dos acionistas minoritários. Uma empresa que teve o maior lucro entre todas as petroleiras do mundo enquanto o povo brasileiro sofre com o preço abusivo dos combustíveis”, segue o petista. 

O discurso de Mercadante constata o tempo perdido por Bolsonaro nesses três anos de governo, mas falha onde o petismo deveria ter avançado. Reconhecer erros para não mais cometê-los. A Petrobras entrou na agenda do governo porque passou a atrapalhar a reeleição de Bolsonaro.

A estatal, no entanto, também é um problema eleitoral para Lula. Ele acredita que conseguirá ser eleito sem prestar contas aos brasileiros que deixaram o petismo de lado por causa da corrupção. Durante os governos petistas, a petroleira tornou-se motor das campanhas de Lula e Dilma Rousseff ao virar um antro de corrupção, dominada pelos partidos aliados que indicaram diretores para fraudar e superfaturar contratos em troca de milionárias propinas. As empreiteiras que assaltaram a estatal são as mesmas que abasteceram generosamente as campanhas petistas.

Bolsonaro, como lembrou Ciro Gomes outro dia, é um produto criado pela roubalheira e incompetência dos governos petistas. Bolsonaro perde eleitores com a Petrobras agora por causa da escalada de preços dos combustíveis e sua incapacidade de lidar com o problema. Lula pode perder votos adiante, quando o passado petista na estatal vier aos programas eleitorais dos adversários na forma de ataques ao petista, relembrando o que figuras como João Vaccari e tantos outros “companheiros” fizeram por lá.

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