Comitiva da CPMI do 8 de Janeiro defende Moraes em visita à OEA, nos EUA
Parlamentares brasileiros foram questionados sobre episódio dos Twitter Files, que fez parte dos ataques de Elon Musk ao ministro do STF
Em visita à Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, nos Estados Unidos, uma comitiva de integrantes da CPMI do 8 de Janeiro foi questionada nesta terça-feira sobre os Twitter Files, que contêm e-mails internos da rede social, hoje chamada de X, e foram divulgados por Elon Musk para atacar Alexandre de Moraes. Os parlamentares brasileiros saíram em defesa do ministro do STF.
“Explicamos que as contas foram banidas (do Twitter, hoje X) por reincidência de crimes, e não perseguição”, afirmou o deputado Rafael Brito (MDB-AL). Compõem o grupo ainda os senadores Eliziane Gama (PSD-MA), que foi relatora da CPMI, e Humberto Costa (PT-PE) e os deputados Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Rogério Correia (PT-MG).
Humberto Costa disse que, na reunião com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão integrante da OEA, a comitiva brasileira levou mais informações sobre as alegações de que haveria uma “ameaça à democracia” e “desmistificou” o que a extrema direita está “tentando vender mundo afora”, de que haveria uma ditadura capitaneada pelo STF no Brasil.
Os ataques de 8 de janeiro do ano passado às sedes dos Três Poderes, em Brasília, e os inquéritos para responsabilizar todos os envolvidos nos atos golpistas também foram assunto na OEA.
Ainda nesta terça, a comitiva da CPMI tem marcadas reuniões com parlamentares do Partido Democrata, como o senador Bernie Sanders. Até sexta-feira, quando o grupo retorna ao Brasil, ainda haverá encontros com o BID, o Banco Mundial, ONGs e estudantes brasileiros da Universidade de Georgetown.