Comissão do Senado discute ascensão da extrema-direita
Parlamentares que integraram a CPMI do 8 de Janeiro vão participar e prometem abordar relatório da PF sobre plano bolsonarista de golpe
A Comissão de Defesa da Democracia do Senado vai fazer uma audiência pública nesta quarta-feira para discutir a ascensão da extrema-direita no Brasil, no Chile e na Argentina que terá como pano de fundo o relatório da PF sobre o plano golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder depois das eleições de 2022.
Sob a presidência de Eliziane Gama (PSD-MA), devem participar da reunião os deputados Henrique Vieira (PSOL-RJ), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Rafael Brito (MDB-AL), Rogério Correia (PT-MG) e Rubens Pereira Júnior (PT-MA) e os senadores Humberto Costa (PT-PE), Randolfe Rodrigues (PT-AP) e Soraya Thronicke (Podemos-MS).
Todos integraram a base lulista na CPMI do 8 de Janeiro. Um material usado para divulgar a audiência sobre a extrema-direita traz o lema “sem anistia” para os autores dos ataques às sedes dos Três Poderes e prevê incluir no debate as “recentes denúncias contra Jair Bolsonaro e a trama golpista que envolveu militares após as eleições de 2022”.
Uma das bases para a discussão na Comissão de Defesa da Democracia do Senado será um levantamento da Fundação Friedrich Ebert mostrando que 30% do eleitorado na Argentina, no Brasil e no Chile é favorável à “ultradireita” e 60% é contrário.
Uma das convidadas para a audiência é Talita Tanscheit, coautora do relatório. Também vão participar o diretor executivo do Instituto Vladimir Herzog, Rogério Sottili, o deputado chileno Tomás de Rementería, o senador argentino Eduardo de Pedro e o ex-senador Cristovam Buarque.