Comandante da Marinha diz que Garnier não mobilizou tropas para golpe
'Em momento nenhum houve ordem, mobilização ou organização para o uso de equipamentos para que um golpe de Estado ocorresse', disse Olsen

Comandante da Marinha, o almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen prestou depoimento no STF, nesta sexta, como testemunha de defesa do ex-comandante da força Almir Garnier.
Réu na ação sobre a trama golpista, Almir Garnier foi citado por ex-comandantes como um aliado de Jair Bolsonaro no plano para impedir a posse de Lula e tomar o poder com auxílio de militares.
O ex-comandante da Aeronáutica Baptista Junior chegou a dizer em seu depoimento que Garnier havia dito a Bolsonaro que teria 14.000 fuzileiros prontos para a ação.
No depoimento desta sexta, Olsen negou ter recebido ordem de Garnier para entregar ferramentas para que um golpe de Estado fosse realizado e impedisse a assunção de Lula. “Não recebi qualquer intervenção nesse sentido”, disse. “Em momento nenhum houve ordem, mobilização ou organização para o uso de equipamentos para que um golpe de Estado ocorresse”, seguiu Olsen.
O comandante da Marinha também falou da transição envolvendo o antecessor na força, lembrando que Garnier não cumpriu os ritos militares ao lado dele na ocasião.
“Almirante Garnier me transferiu o cargo, mas não comparecer à cerimonia”, disse Olsen.