Com mais três militares, plano de golpe de Estado chega a 40 indiciados
Em novo documento, PF relata as participações de Aparecido Andrade Portela, Reginaldo Vieira de Abreu e Rodrigo Bezerra de Azevedo na trama bolsonarista
A Polícia Federal indiciou, nesta quarta, mais três militares investigados por envolvimento no plano bolsonarista de golpe de Estado. Num documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, no STF, os investigadores relatam condutas apuradas sobre as atuações de Aparecido Andrade Portela, Reginaldo Vieira de Abreu e Rodrigo Bezerra de Azevedo na trama golpista.
Militar da reserva, Portela é primeiro suplente da senadora bolsonarista Tereza Cristina (PP-MS). Ele “atuou como um intermediário entre o governo do então presidente Jair Bolsonaro e financiadores das manifestações antidemocráticas residentes no estado do Mato Grosso do Sul”, diz a PF.
Coronel do Exército e, na época dos fatos, chefe de gabinete do então secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, Mario Fernandes, Abreu foi indiciado por ter atuado para disseminar informações falsas sobre as urnas eletrônicas e tentar influenciar o relatório do Ministério da Defesa sobre segurança do sistema de votação.
O major Bezerra, vinculado ao Comando de Operações Especiais durante o governo bolsonarista, estava num grupo de mensagens no qual foi discutido um plano para sequestrar o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
O trio foi indiciado pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Com a nova relação, os indiciados por envolvimento na trama golpista já somam 40 investigados.