CNBI vê “antissionismo” em entrave no governo sobre blindados de Israel
Confederação das Câmaras de Comércio Brasil-Israel diz que governo federal “fere os princípios constitucionais” e “age em prejuízo do povo brasileiro”
A Confederação das Câmaras de Comércio Brasil-Israel (CNBI) afirmou que a declaração do ministro da Defesa, José Múcio, de que “questões ideológicas” teriam barrado a compra de blindados de uma empresa israelense reflete o “antissionismo” do governo Lula.
O “antissionismo”, disse a CNBI em nota, “nada mais é que uma versão repaginada do antissemitismo, uma forma dissimulada de preconceito contra o povo judeu”.
Para a entidade, a suspensão da aquisição de blindados da Elbit Systems, que ganhou licitação do Ministério da Defesa, demonstra que o governo federal “fere os princípios constitucionais” e “age em prejuízo do povo brasileiro, ao submeter o interesse público a critérios ideológicos e diplomáticos indevidos”.
“A empresa envolvida é uma companhia privada israelense, o que evidencia que o alvo do governo federal não é apenas o governo de Israel, mas o próprio povo israelense”, declarou a CNBI. “O ataque ao lar nacional do povo judeu, e às diversas comunidades que fazem parte da sociedade israelense, deve ser repudiado em todas as suas manifestações.”