Ciro Gomes diz que Sergio Moro é ‘bandido que traiu a toga’
Pedetista acusa o ex-ministro de Jair Bolsonaro de vender informações privilegiadas a multinacionais

O pré-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) comentou nesta terça-feira a desistência do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) da corrida ao Planalto e acusou o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) de vender informações “privilegiadas” a “multinacionais”.
“O Sergio Moro é um bandido que traiu a toga, botou político na cadeia, foi ser ministro de outro político, depois foi trabalhar pra multinacional vendendo informação privilegiada (…) inclusive, é o cara que garantiu a impunidade do Lula, que não tem nada de inocente”, disse o pedetista ao programa Manhã Bandeirantes, comandado por José Luiz Datena.
Empregadora de Moro entre 2020 e 2021, a consultoria americana Alvarez e Marsal foi responsável, entre outras atribuições, pela recuperação judicial da Odebrecht — um dos alvos da extinta Lava Jato, comandada por Moro. O ex-juiz, no entanto, não teria atuado em casos “possivelmente afetados” por medidas tomadas à frente da função pública, como é o caso da Odebrecht, diz a empresa.
Ciro voltou a afirmar que está “no páreo” para enfrentar Lula e Bolsonaro nas eleições — a última pesquisa FSB mostra avanço do pedetista, que já atinge 14% das intenções de voto — e comentou sobre possíveis alianças com caciques como Luciano Bivar, presidente do União Brasil, partido de Moro.
O pedetista também criticou a aliança de Lula e Alckmin — a qual classificou como “conchavo ilegal” — e afirmou querer ampliar o diálogo com nomes da chamada terceira via.
“O Bivar me perguntou se eu aceitava participar de um diálogo, e aceitei, com vontade de apresentar minhas ideias (…) e não que nem esse ajuntamento que vira casamento de jacaré com tartaruga, que é o Lula e o Alckmin (…) Adversário pode se juntar, mas nunca quem passou vinte e cinco anos botando o povo pra brigar, um acusando o outro de corrupção, essa soma não dá em nada, a não ser em conchavo e corrupção”, declarou.