Chefe do Exército reafirma defesa “dos mais caros ideais democráticos”
Em cerimônia do Dia do Exército com Lula, general Tomás Paiva também pede previsibilidade orçamentária para fortalecer a base industrial de defesa
Em uma cerimônia com participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Dia do Exército, o comandante da força terrestre, general Tomás Paiva, reafirmou o compromisso da instituição “em defesa da Pátria e dos mais caros ideais democráticos”.
“Estamos sempre prontos para garantir a soberania do País, protegendo nossas fronteiras e guardando nossas riquezas em todos os quadrantes deste imenso território, bem como conduzindo ações subsidiárias que contribuem para o desenvolvimento nacional, que ajudam na preservação ambiental e que aliviam o sofrimento da população em meio a desastres naturais”, disse o general em pronunciamento.
O comandante do Exército também afirmou que “a previsibilidade orçamentária é fundamental para fortalecer a base industrial de defesa e aumentar a capacidade de dissuasão em um mundo multipolar, no qual os conflitos bélicos são uma realidade”.
Nos últimos meses, o governo Lula tem negociado com o líder do PL no Senado, Carlos Portinho, o apoio a uma PEC do oposicionista que estabelece um gasto mínimo de 2% do PIB na Defesa.
A proposta define um período de transição de oito anos para atingir o gasto mínimo, partindo de 1,2% do PIB depois da promulgação da emenda e aumentando 0,1 ponto percentual por ano até chegar aos 2%.
Também determina que pelo menos 35% das despesas discricionárias do Ministério da Defesa sejam destinados a “projetos estratégicos” para a Defesa Nacional – e que esses mesmos projetos “contribuam” para a “consolidação da base industrial de Defesa, contando com conteúdo nacional mínimo de 35%”.
A data em que se comemora o Dia do Exército faz alusão à batalha dos Guararapes, em 19 de abril de 1648, quando soldados luso-brasileiros, em desvantagem numérica, derrotaram as forças holandesas, “que se tornou um símbolo da resistência nacional e da defesa do solo pátrio”, segundo Paiva.