#BRASIL#Um almirante encrencado
Ontem, sem alarde, o presidente do Conselho de Administração do Iate Clube do Rio de Janeiro, o almirante Euclides Janot de Matos, pediu licença do cargo para tratar de "assuntos particulares" – um eufemismo para camuflar a embrulhada dos diabos em que Janot está metido. Há quinze dias, Janot foi preso pela Polícia Federal. Estava envolvido com […]
Ontem, sem alarde, o presidente do Conselho de Administração do Iate Clube do Rio de Janeiro, o almirante Euclides Janot de Matos, pediu licença do cargo para tratar de “assuntos particulares” – um eufemismo para camuflar a embrulhada dos diabos em que Janot está metido.
Há quinze dias, Janot foi preso pela Polícia Federal. Estava envolvido com um grupo acusado da importação de mercadorias subfaturadas, para as quais usava notas fiscais falsas. Até dois anos atrás, Janot era o chefe do Estado-Maior da Marinha, o segundo homem na hierarquia e o mais cotado em todas as listas de sucessão para chegar ao comando da Força. Foi também diretor de compras da Marinha. No Ministério Público Federal, foi investigado pela suspeita de ter ganhado um veleiro, o Bucaneiro, como pagamento por intermediação irregular de negócios – seria um presente do estaleiro cujos donos foram presos agora, na mesma operação.
O pedido de licença por tempo indeterminado foi feito numa reunião reservada. Janot não aparece no Iate, um dos mais exclusivos do Rio de Janeiro, desde que saiu da prisão.