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‘Brasil pode ser a grande liderança ambiental global’, diz Barroso

Presidente do STF avalia que a 'proteção ambiental é questão de sobrevivência para o mundo e para o agronegócio'

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2024, 16h40 - Publicado em 24 jan 2024, 06h01

Presidente do STF, o ministro Luis Roberto Barroso defende que o Brasil ocupe o papel que lhe cabe na governança global como “grande liderança ambiental”. O ministro avalia que o país tem potencial para liderar o processo de combate aos efeitos das mudanças climáticas, servindo de farol para o planeta na preservação do meio ambiente e na proteção das florestas.

“Acho que, nessa fase da história brasileira, nós não temos condições de sermos uma liderança industrial nem uma liderança tecnológica. Acho até que a gente deve conseguir cobrir esse gap. Mas hoje nós temos condições de ser a grande liderança ambiental global”, diz Barroso.

“Nós temos uma matriz energética predominantemente limpa no setor elétrico, sobretudo uma energia hidráulica. Nós temos fontes renováveis de energia solar e eólica, que é o vento, biomassa, e nós temos a Amazônia, que é a maior prestadora de serviços ambientais do mundo pela biodiversidade”, segue o ministro.

O magistrado conversou com o Radar durante o Brazil Economic Forum, realizado por VEJA e pelo Lide em Zurique, na Suíça. Durante a semana, trechos da entrevista, concedida em vídeo, serão publicados no Radar.

Barroso também destaca o papel da fauna e flora do Brasil no equilíbrio da vida no planeta. “Nós temos cerca de 10% das espécies de fauna e flora globais estão no Brasil e o impacto que isso tem sobre a vida na Terra. O papel que cada espécie desempenha na Amazônia tem um papel importantíssimo no ciclo da água e no regime de chuvas. Nós temos no Brasil cerca de 12% de toda a água potável da terra e despejamos diariamente um grande volume no oceano e temos os rios voadores que levam umidade da Amazônia para chover no resto da América do Sul, inclusive no Centro-Oeste”, diz o ministro.

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O presidente do STF fala também da relação de dependência do agronegócio e a preservação ambiental que garante a regularidade do clima e as colheitas. Para ele, a dualidade que se criou no Brasil entre agronegócio e proteção ambiental “é uma fraude”.

“O agronegócio no Centro-Oeste depende da chuva que vem da Amazônia, perfeitamente conciliável. A principal atividade econômica hoje do Brasil é o agronegócio e nós temos que prestigiá lo. E a proteção ambiental é uma questão de sobrevivência para o mundo e para o agronegócio. E em terceiro lugar, a Amazônia é o maior armazenador de carbono da terra. E agora o que se diagnosticou é uma enorme quantidade de terras abandonadas e degradadas na Amazônia, cuja recuperação pode aumentar a capacidade de absorção de carbono pela floresta, contribuindo para a mitigação do aquecimento global e permitindo que o Brasil cumpra os seus compromissos no Acordo de Paris. De modo que o Brasil tinha que ser a grande liderança global em matéria ambiental”, diz Barroso.

O ministro também avalia o avanço de conflitos armados pelo planeta e destaca a cultura de paz na América Latina como um fator de atração de investimentos ao país. “Isso é um pouco sobre a América Latina, embora o continente hoje deva ser um dos mais atraentes do mundo para investimentos, porque nós conseguimos preservar a maior parte dos países a democracia: Brasil, México, Argentina, Colômbia, Chile. Acho que nós somos países com fronteiras demarcadas e em paz. No momento em que você tem guerra na Europa, guerra no Oriente Médio, tensões na Ásia entre China e Taiwan, Coréia do Sul, Coreia do Norte. Acho que a América Latina e o Brasil, particularmente, é um oásis de paz nesse sentido. Países sem conflitos religiosos, um país sem país multirracial, apesar de nós enfrentarmos o racismo estrutural. Mas o Brasil é um país fascinante do ponto de vista da multirracialidade e do multiculturalismo”, diz o ministro.

 

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