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Bolsonaro diz que denúncias de assédio na Caixa não são ‘contundentes’

Pedro Guimarães foi afastado da presidência do banco em junho após relatos de mais de uma dezena de funcionárias

Por Lucas Vettorazzo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 out 2022, 20h00 - Publicado em 24 out 2022, 19h49

Jair Bolsonaro (PL) disse nesta segunda que “não viu nada contundente” nas denúncias de assédio sexual e moral contra o ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães. Bolsonaro deu a declaração em entrevista nesta segunda ao site Metrópoles, que publicou a primeira notícia dos casos contra Guimarães. Depois de relatos de assédio de diversas funcionárias do banco, ele acabou demitido em junho passado. O presidente aproveitou a entrevista para elogiar o trabalho do ex-auxiliar.

“Desconheço a vida particular dele. Eu o conheço enquanto presidente da Caixa. Ele fez um excelente trabalho lá dentro. Agora comigo tudo é potencializado. Isso virou um incêndio enorme em poucas horas. Chamei, conversei com ele e optei pelo afastamento, que foi prontamente aceito por ele. Ele não contestou e está respondendo. Não faço parte do poder Judiciário”, disse.

Conforme o Radar mostrou na edição de Veja que está nas bancas, a Caixa concluiu recentemente a investigação sobre assédio de Guimarães. O documento de 490 páginas menciona o depoimento de 50 testemunhas, das quais 40 teriam confirmado as primeiras acusações contra o executivo.

A conclusão dos trabalhos não foi suficiente, contudo, para Bolsonaro desabonar a conduta de seu aliado. Durante entrevista ao Metrópoles nesta segunda, ele minimizou as acusações. “Não vi nenhum depoimento mais contundente de qualquer mulher. Vi depoimentos de mulheres que sugeriam que isso poderia ter acontecido. Está sendo investigado também”, disse.

A jornalista que conduziu a entrevista ainda insistiu no questionamento e lembrou da grande quantidade de testemunhas que confirmaram as ações. Bolsonaro manteve a sua posição. “Como disse, não vi nada contundente. Eu vi depoimento de pessoas que se sentiram assediadas. Tá na mão da Justiça e do MP para apurar as denúncias”, disse.

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