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Bolsonaro defende Mauro Cid e diz que 8 de Janeiro não foi golpe

O ex-presidente defendeu legalidade da tese guardada pelo ex-auxiliar no celular e disse que falar em golpe "não existe"

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 Maio 2024, 23h42 - Publicado em 21 jun 2023, 14h25

Depois de se reunir com aliados no Senado para discutir o processo que pode torná-lo inelegível no TSE, o ex-presidente Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista coletiva e foi questionado sobre o plano golpista encontrado no telefone celular do tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, revelado com exclusividade por VEJA na edição que está nas bancas. Em uma longa resposta, ele defendeu o ex-auxiliar, que está preso há quase 50 dias, e disse que o ataque às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro não foi golpe.

Inicialmente, o ex-presidente disse que “isso está sendo investigado” e comentou as considerações do constitucionalista Ives Gandra Martins sobre as situações em que o governo de turno poderia usar uma decretação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), encontradas no celular de Cid. A PF também identificou avaliações do jurista segundo as quais uma suposta “imposição popular” levou o governo eleito de João Goulart a ser deposto por um golpe militar e – o que mais interessava aos apoiadores de Bolsonaro —  análises sobre a pretensa legitimidade das Forças Armadas de serem convocadas para conter uma crise entre Executivo e Judiciário, por exemplo.

“Olha só, isso está sendo investi… olha, o Ives Gandra falou sobre isso, que aquilo teria sido uma resposta a alunos da Escola do Comando e Estado Maior do Exército em 2017. Agora vocês podiam pedir pro senhor Alexandre de Moraes… que a VEJA publicou ali um furo de reportagem a parte executória, né?, do que seria a GLO ou o artigo 142 ou estado de defesa, não sei. Que publique todo esse papel, que não é documento. O estado de defesa só chegaria aqui no Congresso depois de o presidente da República ouvir o Conselho da Defesa e o Conselho da República e decidir. Agora, falar em golpe, com todo o respeito, com respaldo na Constituição, isso não existe. Golpe é ao arrepio de tudo”, comentou o ex-presidente.

Ele então disse que nunca viu golpe num domingo e sem armas e que “estão querendo dar ares de golpe ao 8 de Janeiro”. “Houve atos de vandalismo e depredação, que são abomináveis, ninguém concorda com isso, mas tomada de poder, isso não existe”, comentou.

Na sequência, ele citou declarações do atual ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, escolhido para o posto pelo presidente Lula. Na segunda-feira, o chefe das Forças Armadas disse em uma live que não houve “um grande líder” que mandou as pessoas cometerem os atos do 8 de Janeiro.

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“Mais ainda, ele disse, e é uma pessoa bem informada, José Múcio, de que quem praticou esses atos de vandalismo não foram as pessoas do acampamento. Quem são as pessoas do acampamento, no Brasil todo? Eram pessoas de idade, chefes de família, com a bandeira nas costas e uma Bíblia na mão. Elas estavam orando 24 horas por dia. Então acho que não tem o que falar. Eu lamento, ainda tem mais de 200 pessoas presas”, declarou Bolsonaro.

“Há poucos dias, há poucas semanas, eu conversei com uma pessoa do meu condomínio e ele falou que estava tomando conta dos seus filhos sozinho. Eu falei: ‘Ficou viúvo?’. ‘Não, minha esposa está presa’. Não tem cabimento essas prisões. Não tem cabimento um julgamento dessas pessoas, devem ser julgadas, na última instância. Têm que ser julgadas na primeira instância. Cadê o processo legal? Ou vivemos numa democracia ou não vivemos”, relatou o ex-presidente.

Ele então disse ter três assessores presos — desde 3 de maio, pelo caso da fraude em cartões de vacina — e que não cabe e nem se justifica a prisão preventiva para esses casos: o capitão do Exército Sérgio Cordeiro, o ex-sargento do Bope da PM do Rio Max Cordeiro e o próprio tenente-coronel Mauro Cid, que segundo Bolsonaro “só poderia ser preso numa circunstância diferente daquela que ocorreu, em flagrante, por ser oficial do Exército.

“Você pode ver, não se justifica a prisão preventiva deles, eles não podem destruir provas, não podem interferir no processo. Então os três não justifica isso. E nós estamos aqui aceitando que se passe por cima do devido processo legal. Ou temos uma democracia ou não temos. Ontem, a visita do pai do coronel Cid, que é um general da minha turma, não pode visitar o filho. A esposa do Max não pode visitá-lo porque não está vacinada. Pelo que eu sei, o passaporte vacinal não é cobrado mais em lugar nenhum do Brasil, pelo que eu sei, pode ser que em algum lugar específico… E o local onde não morreu quase ninguém por Covid foi o presídio”, concluiu.

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