Autoridades brasileiras lamentam morte do Papa Francisco
Presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, exaltam legado deixado por Jorge Mario Bergoglio no comando da Igreja Católica

Várias autoridades brasileiras estão usando perfis em redes sociais e notas à imprensa para manifestar publicamente seu pesar pela morte do Papa Francisco, nesta segunda-feira.
O presidente Lula declarou em nota oficial que o líder católico “viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos”.
“Com sua simplicidade, coragem e empatia, Francisco trouxe ao Vaticano o tema das mudanças climáticas. Criticou vigorosamente os modelos econômicos que levaram a humanidade a produzir tantas injustiças. Mostrou que esse mesmo modelo é que gera desigualdade entre países e pessoas. E sempre se colocou ao lado daqueles que mais precisam: os pobres, os refugiados, os jovens, os idosos e as vítimas das guerras e de todas as formas de preconceito”, disse Lula.
“Nas vezes em que eu e Janja fomos abençoados com a oportunidade de encontrar o Papa Francisco e sermos recebidos por ele com muito carinho, pudemos compartilhar nossos ideais de paz, igualdade e justiça. Ideais de que o mundo sempre precisou. E sempre precisará”, acrescentou.
Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), exaltaram o legado deixado pelo argentino Jorge Mario Bergoglio no comando da Igreja Católica.
“Neste momento de luto e tristeza, o Congresso Nacional do Brasil une-se em solidariedade à comunidade católica em todo o mundo, à Santa Sé e a todos aqueles que tiveram suas vidas tocadas pelo papado de Francisco”, escreveu Alcolumbre.
O senador acrescentou que, como judeu, tem “profunda admiração e respeito” pela vida e obra do Papa. “Em 2019 tive a honra de assistir a uma missa celebrada pelo Papa Francisco, e essa experiência me deixou uma marca profunda. Sua presença, sua palavra e sua benção ficarão para sempre em minha memória”, disse.
Hugo Motta afirmou que o que mais o marcou na passagem de Bergoglio foram as “transformações” que ele promoveu. O papa Francisco foi o “símbolo do diálogo, do acolhimento, da compreensão e, principalmente, da inclusão”.
“Foi o papa que abriu a Igreja e a colocou no século XXI. Um líder que ficará na história pela força dos seus gestos. Eu e minha família seguiremos em oração por este líder que foi símbolo de esperança e justiça”, declarou o deputado.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por sua vez, escreveu que o papado representa a “continuidade de uma tradição milenar, guardiã de valores espirituais que moldaram civilizações”.
“Para o Brasil e o mundo, a figura do Papa sempre foi sinal de unidade, esperança e orientação moral. Sua partida nos convida à reflexão e à renovação da fé, lembrando-nos da força da espiritualidade como guia para tempos de incerteza”, disse Bolsonaro.
Dilma Rousseff disse que, hoje, o mundo perde um líder espiritual, e ela se despede de “um exemplo de humanidade”.
“A partida de sua Santidade marca o fim de um dos pontificados mais humanistas, corajosos e inspiradores da história recente. Papa Francisco, filho das Américas, trouxe para o trono de Pedro a linguagem do cuidado, da simplicidade e da esperança”, escreveu a presidente do Banco dos Brics.
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, afirmou que “o primeiro Papa latino-americano e primeiro Papa jesuíta deixa um legado civilizatório para todos que acreditam em um planeta mais justo, mais solidário e mais tolerante”.
O petista recordou que, “em ato de coragem, no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, o Papa Francisco voltou a se posicionar sobre o Brasil e pediu que Nossa Senhora Aparecida livrasse o povo brasileiro ‘do ódio, da intolerância e da violência’”.