Augusto Aras deixa PGR ‘de alma lavada’, dizem aliados
O chefe do Ministério Público, criticado por sua postura diante de poderosos, recebeu afago do ministro Dias Toffoli nesta segunda
Chefe da PGR nos últimos quatro anos, Augusto Aras deixa o cargo nesta terça-feira de “alma lavada”, segundo seus aliados mais próximos.
Criticado por ter conduzido uma gestão de pouca combatividade em relação aos poderosos, Aras recebeu nesta segunda um afago do ministro Dias Toffoli, do STF, a fonte da felicidade de Aras, segundo seus aliados.
“Não fosse a responsabilidade, a paciência, a discrição e a força de seu silêncio, Augusto Aras, talvez nós não estivéssemos aqui. Nós não teríamos talvez democracia… A graça nesse país foi ter nesses quatro anos Antônio Augusto Brandão de Aras à frente do Ministério Público. Esse cabeça branca, como a gente brinca, com responsabilidade… Faço essas referências porque são coisas que serão contadas mais à frente da história. Porque poucas pessoas sabem, mas estivemos bem próximos da ruptura. E na ruptura não tem Ministério Público, não tem direitos, não tem a graça. A graça é ser amigo do rei”, disse Toffoli.
Aras, dizem aliados, vive profundamente inconformado com o que chama de “avaliação injusta” da opinião pública sobre sua passagem pela PGR. “Por isso, esse discurso do ministro Toffoli deixou o PGR de alma lavada”, diz um interlocutor do procurador-geral.