Atletas e ex-atletas paralímpicos querem exclusividade na cúpula do comitê
Movimento quer que só atletas e ex-atletas paralímpicos possam se candidatar a presidente e vice-presidente da entidade máxima
Atletas paralímpicos iniciaram um movimento para que apenas atletas e ex-atletas com deficiências possam se candidatar aos cargos de presidente e vice do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a entidade máxima do desporto para pessoas com deficiência no país.
A ideia, oriunda do Conselho de Atletas paralímpicos, é que nenhum outro grupo teria mais legitimidade para falar e representar os atletas e as pessoas com deficiência do que os próprios atletas com deficiência.
Trata-se de um movimento vanguardista entre os paralímpicos brasileiros, dado que nenhum outro comitê paralímpico no mundo adotou medida semelhante.
A próxima eleição no Comitê Paralímpico Brasileiro será em novembro, após os Jogos Paralímpicos de Paris.
Atualmente, a entidade é presidida por Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cegos (Atenas 2004 e Pequim 2008) e eleito melhor jogador do mundo na modalidade em 1998.
O vice-presidente também é ex-atleta: Yohansson do Nascimento, dono de seis medalhas no atletismo nos Jogos Paralímpicos, inclusive o ouro nos 200 m livre em Londres 2012.
O Brasil é uma potência paralímpica mundial. Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, o Brasil fez sua melhor campanha com 72 medalhas, sendo 22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze, que lhe rendeu a sétima posição no quadro de medalhas – atrás de China, Grã-Bretanha, Comitê Paralímpico Russo, Estados Unidos, Holanda e Ucrânia.
Em novembro de 2023, os atletas brasileiros bateram recorde de medalhas nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, com 343 no total, e terminaram em primeiro: 156 ouros, 98 pratas e 89 bronzes. A segunda colocação ficou com os EUA (55 ouros, 58 pratas e 53 bronzes), seguidos pela Colômbia (50 ouros, 58 pratas e 53 bronzes).